31 de dez. de 2011

Balanço

Hoje é o último dia do Velho Ano...  O que fiz, o que deixei de fazer??? 
Hora de analisar o tempo aproveitado e o perdido... Hora do balanço... 
Amanhã será o primeiro dia do Novo Ano...Todos nós esperamos iniciá-lo com  esperanças renovadas... As rogativas, em geral, são para que se tenha muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender. 
Mas será que se tivermos tudo isso teremos a garantia de um ano feliz??? 
Dessa forma, se quisermos um bom ano, teremos que fazer a nossa parte. Na maioria das vezes será preciso sair da nossa zona de conforto...Acreditar!!! Mostrar o carão... Fazer  diferente para não ficar na mesmice. Se pararmos para analisar o que significa a passagem do ano, perceberemos que nada se modifica externamente. Tudo continuará a ser como na véspera... Nós, e somente nós poderemos construir um ano melhor, já que um feliz ano novo não se deseja, se constrói. Poderemos almejar por um ano bom se desde agora começarmos a planejá-lo.
Poderemos construir um ano bom a partir da nossa reforma moral, do resgate dos nossos valores e das  nossas essências perdidas... Corrigir nossos passos poderá ser doloroso, mas será a chance de trilharmos caminhos diferentes...
Se começarmos por modificar nossos comportamentos equivocados, certamente teremos um ano mais feliz. 
Se  nos doarmos um pouco mais para as pessoas que amamos,  se colocarmos nossas mãos no trabalho para a construção de um mundo melhor, conquistaremos um dia, a felicidade que tanto almejamos. 
Enfim, quem quer um ano novo repleto de felicidades, não tem outra saída senão construí-lo. Aproveitar o novo ano que se inicia, depende exclusivamente de cada um de nós.  
Somente assim, no balanço final de 2012 teremos uma grande chance de dizer: Foi um Ano Feliz!!!  E não vai deixar saudades, porque hoje sou um(a) novo(a) homem/mulher...  Tive coragem e mudei o rumo da minha história.
Feliz recomeço a todos que amo e aos que amarei!!!  Feliz 2012!!!
Alessandra Casarim 31/12/2011

EU QUERO SER FELIZ e você?

Ser Feliz ou Ter Razão 
Oito da noite, numa avenida movimentada. 
O casal já está atrasado para jantar na casa de uns amigos. 
O endereço é novo, bem como o caminho que ela consultou no mapa antes de sair. 
Ele conduz o carro. 
Ela orienta e pede para que vire, na próxima rua, à esquerda. 
Ele tem certeza de que é à direita... 
Discutem. 
Percebendo que além de atrasados, poderão ficar mal-humorados, ela deixa que ele decida. 
Ele vira à direita e percebe, então, que estava errado. 
Embora com dificuldade, admite que insistiu no caminho errado, enquanto faz o retorno. 
Ela sorri e diz que não há nenhum problema se chegarem alguns minutos atrasados. 
Ele questiona: 
- Se tinhas tanta certeza de que eu estava indo pelo caminho errado, por que não insistiu um pouco mais? 
Ela diz: 
- Entre ter razão e ser feliz, prefiro ser feliz!!! Estávamos à beira de uma discussão, se eu insistisse mais, teríamos estragado a noite! 
MORAL DA HISTÓRIA: 
Esta pequena história foi contada por uma empresária, durante uma palestra sobre simplicidade no mundo do trabalho. Ela usou a cena para 
ilustrar quanta energia nós gastamos apenas para demonstrar que temos razão, independentemente, de tê-la ou não. Desde que ouvi esta história, 
tenho me perguntado com mais freqüência: 'Quero ser feliz ou ter razão?' 
Outro pensamento parecido, diz o seguinte: 
'Nunca se justifique. Os amigos não precisam e os inimigos não acreditam'. 
Eu já decidi...
EU QUERO SER FELIZ e você? 

21 de dez. de 2011

Desejo a todos..


Felicidade, Educação, Saúde, Amigos, Essência, Verdade, 
Gentileza, Cultura, Família,  União, Paz, 
Serenidade, Fé interior e Prazer pela vida.


Já dizia uma amiga... "Aproveite o renascimento de Jesus e renasça mais 
uma vez..."

10 de dez. de 2011

Persone bene

Sem demagogia, pessoas como vocês fazem toda a diferença na cidade dos Lagos Encantados...
Existem trabalhos lindos e que admiro muito nas curvas sinuosas  de Sete Lagoas...
Pessoas do bem e de almas externadas... Corações  pulsantes nas veias e na  vida da cidade.
Não poderia deixar de agradecê-los neste momento, quando estamos a um triz para cruzarmos a linha de chegada para o próximo ano,  por engrandecerem  através da nobreza de ações a melhoria de vida de muitos que passam despercebidos aos olhares tão cheios de invisibilidade humana.
Por vocês  me curvo: Paulinho do Boi,  Tia Lú, Vitória da Patrulha da Alegria,  pessoal da Casa da Sopa,  Cris do Abrigo,  Tê do ASVP, pelo pessoal da Chuva de Bençãos,  Didi da Oficina de Artes,  Gabi do Parque da Cascata, Mari do Balé da Casa, Rosa Cozinheira da Casa... Pessoas que convivi mais de perto e sei que fazem um trabalho extraordinário mesmo quando as luzes dos holofotes se apagam.
Parabéns a todos!!!
Por vocês, tiro o chapéu!!!

Resgate

Engraçado como a vida prega peças a todo momento...
Andei pensando de uns dias pra cá,  em me mudar de  Sete Lagoas...
Ir embora mesmo!!! 
Sabe aquela frase:  "Cada um tem a terra que merece"...
Pois é... Egoisticamente, queria uma terra melhor para viver.
Estava cansada de ver tanta mediocridade, pessoas que não enxergam além do umbigo e que não estão nem aí para a cidade.
A sensação de impotência me invadia...
Não é que de paraquedas, sem consentimento da agenda(tinha compromisso ), resgatei a vontade de tentar mais um pouco...
Pousei como obra do acaso  em Lagoa Santa, junto de pessoas que falavam o mesmo dialeto...
E o melhor, compreendia cada palavra do que era dito.
Reunião do Circuito das Grutas na casa da amiga  Rosa Castro... (este compromisso era comigo mesma, e tinha que ser ontem, inadiavelmente).
Pessoas com o mesmo ideal... Resgate da Cultura...da Educação... e da Essência.
Como entrando nas veias das montanhas de Minas... Fui traçando linhas e curvas que o Circuito faria... Cura do corpo... Cura da alma... Cura da esperança perdida...
Minha cura!
Como não comprar os mistérios que as rochas de Minas nos revelam???
O fascínio me enche de esperança...
Desculpe Sete Lagoas, se um dia pensei em te abandonar...
Como poderia??? Você me adotou  e deu o seu nome no registro de meus filhos...
Só tenho a agradecer a beleza que aflora de seu corpo e pedir desculpas
por ter te maltratado tanto.
Reaja Sete Lagoas!!! Muitas pessoas do bem, estão dando a vida, para curar suas feridas...
E nós, filhos que somos, sentiremos orgulho de dizer:
Está é a minha cidade!
A cidade das Muitas  Lagoas, Grutas, Serras e Pessoas Encantadas por Ti...

8 de dez. de 2011

A arte como ferramenta de transformação social

O SERVIÇO DE PROMOÇÃO AO MENOR E À FAMÍLIA,  tem o prazer de convidar a todos para assistirem a IV Mostra de Teatro do SERPAF- do dia 12 ao dia 17 de dezembro sempre às 19h e 30min na quadra da própria Instituição localizada na Av. Prefeito Alberto Moura – 530 – Bairro Nova Cidade.
Todos os espetáculos têm os figurinos desenhados e confeccionados pela estilista e professora de corte e costura do SERPAF, Silvia Paula, a direção do oficineiro de teatro Paulinho do Boi com o apoio da atriz e professora de teatro Angélica Evangelista. A coordenação do evento é de Rachel Branco, Valéria Bezerra e Cláudia Cristina com a direção geral de Adriana Branco. Informações pelo telefone 031 – 3771 7363

Programação:
Dia 12/12 – O Auto do Boi da Manta
“Uma reflexão sobre o milagre da ressurreição”
Entrada 01 lata de óleo
Recomendação Livre

Dia 13/12 – O Fim de Todos e a Barca dos Aflitos
“O conflito das virtudes e fraquezas do homem com a morte”
Entrada 01 leite caixinha
Recomendação Livre

Dia 14/12 Maria na Terra da Hipocrisia
Violência Sexual
“O pior dos crimes é o seu silêncio!”
9h e 30min.
Entrada 01 kg açúcar
Recomendação acima de 11 anos

Dia 15/12
Zé Brasil, Zé Den D’Água e o Político Ladrão
“O pior analfabeto que existe é o analfabeto político...”
19h e 30min.
Entrada 01 lata de óleo
Recomendação acima de 14 anos

Dia 16/12 - O Natal Existe?
“A aparição de um Anjo no pensamento natalino de Um Pobre”
Entrada 01 leite caixinha
Recomendação Livre

Dia 17/12 - A Libertação da Noite
“O amor encorajador que fortalece e supera as misérias da seca no sertão”
Entrada 01 kg açúcar
Recomendação Livre

Reencontrei

Fato, nunca antes acontecido comigo...
No final da tarde de ontem, descendo a Rua Quintino Bocaiuva, fui surpreendida por um rapaz de uns 18 a 20 anos que me disse: "O que tem nesta bolsa, neném?" ...Mas eu não estava carregando só a bolsa, estava com o Notebook e uma bolsinha com a máquina fotográfica... Respondi: "Que isto, você está louco?"... E fui caminhando para o meio da rua (nunca vi a Quintino tão só)... Não satisfeito, ele caminhou ao meu lado e disse: "Não precisa dar a bolsa, mas toma isto para você." Vocês imaginam o que vi, as 17:40H, no centro da cidade.
Fiquei tão perplexa, que comecei a andar a passos largos,  mas  graças a Deus um portão eletrônico se abriu e eu entrei  atrás do carro... Um homem que eu nem conhecia ainda tentou pegar o rapaz... sem sucesso. Peguei um táxi e voltei para casa. Melhor ter terminado desta forma...
Terminado???
Não.
Nas poucas horas que consegui dormir esta noite ... Fomos fazer uma visita técnica, eu, WC, Ed e Ga... Já era  bastante tarde, quando  paramos em um  posto para abastecer e tomar um café quando entra um menino com sua irmãzinha e diz: "Passa a máquina!" Pensei dando o troco... Agora não, neném!... E  consegui imobilizar no chão, uma criança de uns 10 anos,  e pedi  aos meus amigos para chamarem  a polícia... WC, olhou para mim e disse pelo olhar ..."Aqui e neste horário?"... Ai, eu entendi... Disse a aquele menino que eu, o estava soltando, porque   tinha a certeza que ele  nunca mais iria  precisar assaltar ninguém, porque ele era capaz de estudar e se transformar em um homem de bem, que poderia ter uma bela família e que saberia educar seus filhos como ninguém. Sem entender, agora entendendo, quando acabava de dar um abraço nele, já era um senhor de uns 80 anos, que me disse: "Você me deu uma chance e eu moleque soube aproveitá-la, obrigada por me abraçar naquele dia chuvoso, obrigada por confiar em mim e na humanidade".

Bom, é isto!... Acordei com os olhos marejados e com o peito menos apreensivo... 
Não poderia deixar de registrar o meu novo encontro com a esperança.
Demônios são encontrados nesta vida, para que possamos acreditar nos anjos.
Alessandra Casarim 08/12/11

7 de dez. de 2011

Após desgastes...

Vamos lá... 
Quanto a Paineira da Praça Dom Carmelo Motta, ela estava realmente comprometida,  além do laudo técnico dos engenheiros florestais da SMMA, houve também a confirmação pelos técnicos do  IEF que  a melhor coisa a ser feita, seria a supressão, mesmo se tratando de uma espécie de beleza cênica.
Neste caso específico, entre manter a árvore ou a segurança dos transeuntes, optamos pela segunda opção. 
Quanto às pequenas espécies suprimidas na mesma praça, se tratava de Leucenas, L. leucocephala ,  árvore exótica e bastante invasora. Estudos revelam que a presença de L. leucocephala  em praças e parques municipais contribui para a exclusão de espécies vegetais nativas. Portanto, faz-se necessário  a retirada dessa espécie vegetal, a fim de evitar o seu estabelecimento por completo nas áreas urbanas. Plantas invasoras desenvolvem-se em ambientes onde não são desejadas, nos quais proliferam, dispersam  e persistem em detrimento das espécies nativas, causando grandes alterações ecológicas locais.  A adaptabilidade dessas espécies se deve à alta taxa de crescimento, grande produção de sementes pequenas e de fácil  dispersão, alta longevidade das sementes no solo, alta taxa de germinação, maturação precoce  das plantas já estabelecidas, floração e frutificação mais prolongadas, alto potencial  reprodutivo por brotação, pioneirismo, alelopatia e o principal a ausência de inimigos naturais,  essas características são exclusivas de espécies consideradas potenciais invasoras exóticas.
Bom, como se vê, não estão sendo suprimidas espécies sem estudos prévios, muito pelo contrário, corremos risco muitas vezes, tentando manter de pé as "gigantes verdes".
Apenas para constar, não faço parte do setor de podas e supressões, apenas me interesso muito pelo  assunto e auxilio sempre que possível e dentro das minhas limitações. Temos pessoas muito competentes no setor e aproveito apenas para aprender um pouco mais com eles.
Juntamente com os técnicos responsáveis pela arborização, trabalhamos junto na realização dos projetos executivos, desta forma facilitamos trazer recurso para a realização dos mesmos. 
Como podem ver, nosso desafio é grande, mas nem por isto impossível... Plantio de aproximadamente 5.000 espécimes adequadas ao nosso bioma.
O que é tranqüilizador, é que estamos com uma equipe de primeira na SMMA, não imaginava antes a competência que estava entre aquelas 4 paredes.
Para que Sete Lagoas possa se tornar referência em paisagismo urbano, algumas gigantes precisarão serem suprimidas seja para abrirem espaços a espécimes mais indicadas ou porque não resguardam a acessibilidade NBR ABNT 9050/2004.
Antes, não havia qualquer preocupação quanto as mais indicadas e se plantava sem qualquer norma técnica. Como exemplo, nota-se o plantio errôneo do Pau Ferro Caesalpinia férrea, na Av. Villa Lobos. 
Infelizmente, algumas sentenças de supressão precisam serem dadas e isso dói para ambas as partes, tenham certeza.
Espero ter sanado algumas dúvidas e aproveito para deixar registrado, que estamos a disposição para quaisquer dúvidas que se fizerem necessárias.

Alessandra Casarim 
Obs: Parte desta nota, foi enviada como resposta aos emails recebidos.

3 de dez. de 2011

O que muda no novo Código Florestal

A Câmara dos Deputados aprovou o "Relatório Rebelo "instituindo o novo Código Florestal Brasileiro.
O texto legaliza o uso de algumas APPs já ocupadas com produção agrícola desde que essa antropização tenha ocorrido antes de 22 de julho de 2008. O texto, que ainda será votado pelo Senado, revoga o código em vigor. O texto-base  foi aprovado por 410 votos a 63 e 1 abstenção.
Uso do solo
No caso de uso do solo por atividade de utilidade pública, interesse social ou de baixo impacto serão previstas em lei e, em todos os casos, devem ser observados critérios técnicos de conservação do solo e da água.
Proteção nos rios
As faixas de proteção nas margens dos rios continuam exatamente as mesmas da lei vigente hoje (30 a 500 metros dependendo da largura do rio), mas passam a ser medidas a partir do leito regular e não do leito maior nos períodos de cheia. A exceção é para os rios estreitos com até dez metros de largura, para os quais o novo texto permitiu, para aquelas margens de rio totalmente desmatadas, a recomposição de 15 metros. Ou seja, para rios de até 10m de largura onde a APP está preservada continua valendo o limite de 30m; para rios totalmente sem mata ciliar o produtor ainda está obrigado a recompor 15m. 
Nas APPs de topo de morros, montes e serras com altura mínima de 100 metros e inclinação superior a 25°, o novo código permite a manutenção de culturas de espécies lenhosas (uva, maçã, café) ou de atividades silviculturais, assim como a infraestrutura física associada a elas. Isso vale também para os locais com altitude superior a 1,8 mil metros.
Anistia e regularização
Incentivo à regularização ambiental de imóveis rurais. Aqueles proprietários que tiverem multas, mas que decidirem regularizar seu imóvel recuperando as APPs e a Reserva Legal terão a multa suspensa. De acordo com o projeto aprovado, para fazer juz a essa suspensão, o proprietário rural deverá procurar o Órgão Ambiental e aderir ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), a ser instituído pela União e pelos estados. Os interessados terão um ano para aderir, mas esse prazo só começará a contar a partir da criação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), o que deverá ocorrer em até 90 dias da publicação da futura lei. Todos os imóveis rurais deverão se cadastrar.
Título executivo
Quando aderir ao PRA, o proprietário que produz alimentos em área superior ao permitido terá de assinar um termo de adesão e compromisso, no qual deverão estar especificados os procedimentos de recuperação exigidos pelo novo código. Dentro de um ano a partir da criação do cadastro e enquanto estiver cumprindo o termo de compromisso, o proprietário não poderá ser autuado novamente.
Caso os procedimentos sejam descumpridos, o termo de adesão funcionará como um título executivo extrajudicial para exigir as multas suspensas.
Para os pequenos proprietários e os agricultores familiares, o Poder Público deverá criar um programa de apoio financeiro destinado a promover a manutenção e a recomposição de APP e de reserva legal. O apoio poderá ser, inclusive, por meio de pagamento por serviços ambientais.
Texto mantém índices de reserva legal, mas permite usar APPs no cálculo
De acordo com o texto aprovado, os proprietários que explorem em regime familiar terras de até quatro módulos fiscais poderão manter, para efeito da reserva legal, a área de vegetação nativa existente em 22 de julho de 2008.
Na regra geral, o tamanho das Reservas Legais continua exatamente os mesmos exigidos no código em vigor: 80% nas áreas de floresta da Amazônia; 35% nas áreas de Cerrado; 20% em campos gerais e demais regiões do País. Quando indicado pelo Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) do estado, o Executivo federal poderá reduzir, para fins de regularização da áreas agrícolas consolidadas, a reserva exigida na Amazônia. O Ministério do ½ Ambiente e o Conselho Nacional do ½  Ambiente (Conama) não precisam mais ser ouvidos, como prevê a lei em vigor.
APP conta como Reserva Legal
Para definir a área destinada à reserva legal, o proprietário poderá considerar integralmente a área de preservação permanente (APP) no cálculo se isso não provocar novo desmatamento, se a APP estiver conservada ou em recuperação e se o imóvel estiver registrado no Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Formas de regularização das RLs
O texto aprovado permite a regularização da reserva legal de várias formas, mesmo sem adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA).
Se o proprietário do imóvel optar por recompor a vegetação no próprio imóvel, isso poderá ocorrer em até 20 anos segundo critérios do órgão ambiental. O replantio poderá ser feito com espécies nativas e exóticas, em sistema agroflorestal. As exóticas não poderão ocupar mais de 50% do total da área a recuperar e a reserva poderá ser explorada economicamente por meio de plano de manejo.
O proprietário poderá também permitir a regeneração natural da vegetação dentro do imóvel ou compensar a área a recompor doando outra área ao Poder Público que esteja localizada em unidade de conservação de domínio público pendente de regularização fundiária. Admite-se ainda contribuição para fundo público, respeitados os critérios do regulamento, e a compra de Cota de Reserva Ambiental (CRA). As áreas que forem usadas para compensar a reserva devem ter extensão igual ao trecho compensado e estarem localizadas no mesmo bioma da reserva, ainda que em outro estado.
Retroatividade
O texto aprovado garante a irretroatividade da lei. Aqueles que mantinham reserva legal em percentuais menores, exigidos pela lei em vigor à época, ficarão isentos de recompor a área segundo os índices exigidos atualmente. Quem abriu 50% do seu imóvel na Amazônia quando a lei permitia não estará mais obrigado a atender a exigência de 80%.
Cota de reserva
Quem tiver Reserva Legal em excesso poderá emitir a Cota de Reserva Ambiental (CRA). Essa Cota será um título que representará o mesmo tamanho da área que deveria ser recomposta. A emissão da cota será feita pelo órgão ambiental a pedido do dono da terra preservada com vegetação nativa ou recomposta em área excedente à reserva legal devida em sua propriedade.
Esse título poderá ser cedido ou vendido a outro proprietário que tenha déficit de reserva legal. O proprietário da terra que pedir a emissão do CRA será responsável pela preservação, podendo fazer um plano de manejo florestal sustentável para explorar a área.
A CRA somente poderá ser cancelada a pedido do proprietário que pediu sua emissão ou por decisão do órgão ambiental no caso de degradação da vegetação nativa vinculada ao título. O texto prevê também que a cota usada para compensar reserva legal só poderá ser cancelada se for assegurada outra reserva para o imóvel.
Plano de manejo será exigido para exploração de florestas nativas
O texto aprovado exige licenciamento ambiental para exploração de florestas nativas com base em um Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) do qual devem constar mecanismos de controle dos cortes, da regeneração e do estoque existente. Estão isentos do PMFS o corte autorizado para uso do solo pela agropecuária, o manejo de florestas plantadas fora da reserva legal e a exploração não comercial realizada pelas pequenas propriedades e agricultores familiares.
Empresas industriais
As indústrias que utilizem grande quantidade de matéria-prima florestal deverão elaborar um Plano de Suprimento Sustentável (PSS) com indicação das áreas de origem da matéria-prima e cópia do contrato de fornecimento. O PSS de empresas siderúrgicas, metalúrgicas e outras que consumam grande quantidade de carvão vegetal ou lenha deverá prever o uso exclusivo de florestas plantadas.
O texto determina que a sociedade terá acesso público, pela internet, a um sistema que integre dados estaduais sobre o controle da origem da madeira, do carvão e de outros subprodutos florestais.
Áreas urbanas
Os assentamentos em área urbana consolidada que ocupem área de preservação permanente (APP), como o Palácio do Planalto, o Estádio do Beira Rio e Cristo Redentor, por exemplo, serão regularizados com a aprovação de um projeto de regularização fundiária, contanto que não estejam em áreas de risco.
Além de um diagnóstico da região, o processo para legalizar a ocupação perante o órgão ambiental deverá identificar as unidades de conservação, as áreas de proteção de mananciais e as faixas de APP que devem ser recuperadas.
Reservatórios de água
Para APPs em reservatórios de água, o projeto estipula tratamento diferenciado conforme o tamanho ou o tipo (natural ou artificial). No caso de lagoas naturais ou artificiais com menos de um hectare, será dispensada a área de proteção permanente. A medida tenta dar solução para os pequenos açudes construídos em imóveis rurais com objetivo de dessedentação de animais.
Os reservatórios artificiais formados por represamento em zona rural deverão manter APP de 15 metros, no mínimo, caso não sejam usados para abastecimento público ou geração de energia elétrica e tenham até 20 hectares de superfície. Naqueles usados para abastecimento ou geração de energia, a APP deverá ser de 30 a 100 metros em área rural e de 15 a 50 metros em área urbana.
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