17 de dez. de 2012


Natal Casa da Sopa 2012


Como não relembrar... Nove anos se passaram... Uma ideia simples: Servir sopa! Três panelas de pressão e vivenciamos de perto, famílias inteiras embaixo de lonas pretas, a fome de comida e a fome de atenção. Crescemos todos!!! Semana seguinte... O primeiro latão de leite, que virou simbolicamente, a lata da sopa... Filas imensas, remédios, pães, leite, balas e muitos abraços... Éramos totalmente unidos e felizes, independentemente se a lua era cheia ou minguante, se era noite estrelada ou chuvosa... Fazíamos valer o: “Um por todos, todos por um!”. As quartas-feiras eram sagradas!!! Ao final desta trilha ou deste degrau, chegamos a 9 latas de sopa, muitos amigos, muitas histórias e muito crescimento espiritual... Hoje, percebo uma nova história... A Casa da Sopa, praticamente, anda sozinha... Os amigos estão lá, quase coadjuvantes... A família cresceu... O amor dobrou... A responsabilidade triplicou. Lembro-me da primeira pedra para edificação do prédio... Lembro-me da frase: “Filho meu é poderoso, vai pra guerra e volta vitorioso!” Parabéns a todos que fizeram da Festa do Natal da Casa da Sopa, inesquecivelmente, maravilhoso!!! Nossas crianças, nossos idosos, nossas famílias, que escolhemos dar as mãos, e principalmente nossos corações, não esperam nada mais do que um sorriso, um olhar, um abraço e principalmente a esperança de dias melhores. Vocês, com certeza, fizeram valer o Natal da Casa da Sopa 2012. Parabéns "Pessoas Lindas"!!! O céu está em festa!!! 

6 de out. de 2012

Cúmplices do Sistema


Algum tempo atrás fui vítima de uma tentativa de assalto ainda na Quintino Bocaiuva, no final de uma tarde  normal em Sete Lagoas...  Ontem, em Belo Horizonte, fui novamente a bola da vez.  Cenário perfeito! Sinal fechado. Vítima perfeita!!! Desatenta e com uma corrente no pescoço. Resultado: Além dos arranhões, do pesadelo horrível (de que tudo poderia ter sido pior) e da insônia do resto desta madrugada...  Fica a triste sensação de impotência e do descrédito, pelas políticas públicas... Hora de refletir!!!  A Constituição da República dispõe expressamente que a segurança pública é, antes de tudo, um dever do Estado... Porém, providencialmente amanhã, elegeremos nossos governantes municipais, e como há um elo em tudo...  Precisaremos levar em consideração, a desigualdade social e a falta de investimento em educação nas nossas cidades.  Passou da hora de revermos conceitos...  Será que não temos mais o direito à segurança pública, ao imperativo básico do direito constitucional de ir e vir, sem sermos privados de um bem??? Quem falhou???
Dados do CONSEP, o 1º BPM, que cobre a área central de Belo Horizonte e adjacências, está com cerca de 35% da frota de viaturas parada por falta de recursos financeiros.  Já o Batalhão ROTAM, que responde pelo combate à criminalidade pesada, está com 50% da frota de viaturas paradas em virtude da falta de peças para seus veículos. O 13º BPM, cuja responsabilidade se estende pela região norte de BH, também está com 30% de sua frota de viaturas paradas por falta de verba para reparos e consertos.
“Peraí"!!! E as altas taxas para a segurança pública que pagamos???  Mais uma vez... Complacentes. Pior, cúmplices, por nos calarmos!!!
Fica a mensagem...  A quem interessa, o fracasso do sistema ???  Quem se alimenta do caos deste mesmo sistema e da alienação social e intelectual do povo???
Na ausência do poder público, os criminosos assumem o controle da vida e neste mundo invertido, os prisioneiros somos nós.

11 de ago. de 2012

Paredes com Alma


Questões que não me abandonarão, pelo menos enquanto não houverem respostas plausíveis.
#InvisibilidadeHumana
Como pode o homem dito inteligente não perceber seu semelhante pelas curvas da vida??? Somos tão iguais e tão diferentes... Por quê???
#IdentidadePerdida
Como pode deixarmos de amar o planeta, pelo crescimento desenfreado, pela ganância??? (Pelo simples fato de pensarmos que o que interessa é o hoje, o agora ou simplesmente o “EU”).  Quanto egoísmo!!!
#DesamorPeloPatrimônio
Como pode, fecharmos o livro de nossa história e deixá-la morrer sem qualquer tipo de afeto???  (Pelo simples poder de que sou dono do espaço e decido se a deixarei de pé ou se a transformarei em fotos amareladas)... * Nesse momento penso que sou eterno e que, posso!!! Coitado de mim... Mal sei que não levarei muita coisa daqui.*
Da minha relação com os espaços e pessoas resultou um olhar perdido sobre pedaços da cidade...  Histórias que não poderão ser esquecidas... Pessoas jogando lixo na rua... Quebrando árvores recém-plantadas, jogando lixeiras nas lagoas, quebrando lâmpadas, pichando bustos... 
Caspita, Sete lagoas é de todos nós!!!
No último ano, tive a oportunidade de ver mais de perto, e com o olhar invertido, uma realidade complexa que clama pelo resgate da essência perdida... Enxerguei a falta de interiorização patrimonial...  
Não vivemos mais a cidade como uma extensão do nosso quintal...  
Não ensinamos as nossas crianças e jovens a incutir a cidade como sendo nossa!!! 
Falta abordarmos o patrimônio público pelas vias das emoções... "Paredes com alma". 
Falta querermos participar e não simplesmente fazermos parte...  
A cidade clama pelo nosso abraço.
Não importa quem será o maestro da vez, precisamos ser a  afinada orquestra... 
Precisamos ser a cidade que queremos viver.

26 de jul. de 2012

Porta - Retrato

Preciso decidir, tomar rumo!!!
Retornar ao que era, o quanto antes...
Contemplar a lua que andava escondida...
Plantar flores na trilha da minha vida.

Marcar encontros nos fins de tardes...
Tomar vinho acompanhada, dar gargalhadas em plena luz do dia.
Brindar a vida com um arco íris de energia...
Gritar bem alto, o eco dos meus sonhos.

Conspirar amor, por onde possa passar!
Respirar bem fundo, seguir em frente.
Não ter medo da forte subida...
Muito menos das pedras que posso encontrar.

É agora!!!
É hoje!!!
Já passou tempo demais...
Despertei do pesadelo que teimei ser sonho.
Se ficar, se sofrer serei cobrada...
Meu sorriso já não é o mesmo do porta - retrato de ontem.

Alê Casarim 26/07/2012

21 de jul. de 2012

Sonhos que quero sonhar...

Muitas vezes, egoísticamente confesso, penso que somente eu possa estar sentindo o enclausuramento causado pelo "cinza da cidade grande"... Mas é que sinto falta do verde da minha infância, das porteiras que se abriam rumo as minhas fantasias caipiras... Sonho com o pôr do sol, com a lua cheia, com o cheiro do mato e com o barulho do carro de boi... Vejo dois caminhos, retornar a minha vida bucólica ou ficar torcendo para que as próximas férias venham logo... Como a primeira opção está fora de cogitação pelo menos por enquanto, vou encarar mais uma ruga ou um novo fio de cabelo branco que com certeza brotarão neste cenário cinza  que escolhemos viver...
Bom... Sonhar eu posso e sonharei com cada raio de sol tocando a terra nua, com a lua refletindo no riacho, com o vento  beijando as folhas do Ipê Amarelo... Me  transportarei  de quando em vez, para a estrada cascalhada que me leva ao paraíso e sendo mais audaciosa, sonharei com  uma cidade bucólica onde as famílias se encontrarão nas praças iluminadas, ao som da banda local e com o pipoqueiro fazendo parte deste cenário cinematográfico que parece estar longe de ser reconquistado... Sem perder o foco, pouco a pouco em meu sonho, a cidade vai sendo humanizada tanto por fora como nos corações dos homens...
Posso ser rotulada pela essência que não deixo escapulir do meu corpo e da minha alma e assim como a arte pode ser confundida com frescura não me importo de ser confundida  com sonhadora...
Cada vez que deixo minhas raizes, fica mais difícil de  equilibrar em outros solos, por mais que os conheça.  Coração apertado.  Alê Casarim 21/07/2012
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Como são belos os dias
Do despontar da existência!
— Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é — lago sereno,
O céu — um manto azulado,
O mundo — um sonho dourado,
A vida — um hino d'amor!
Que aurora, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!
Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minha irmã!
Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberta o peito,
— Pés descalços, braços nus
— Correndo pelas campinas
A roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!
Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo.
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
— Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras
Debaixo dos laranjais!
Casimiro de Abreu

22 de jun. de 2012

Do Divã... Flores para a alma


Não quero flores quando morrer, quero flores nos caminhos que trilhar...
Flores brancas por onde buscar paz,
amarelas para alegrar meu dia e trazer amigos, assim como o girassol...
Quero flores do campo para relembrar minhas raízes e  vermelhas para não deixar morrer a paixão que existe no meu peito...
As rosas que vierem que sejam sem espinhos, mas se  merecer os espinhos que tenha sabedoria para retirá-los um a um para que não corra o risco, de magoar ou ferir alguém.
Alê 17/06/2011

7 de jun. de 2012

Livro aberto...

"Amigos veja o desconhecimento de todos a respeito do Projeto do Boulevard Santa Helena. Este vídeo (apresentado pelo grupo Acorda Sete Lagoas É só "braquiária"? ) feito por pessoas contra o empreendimento justamente por não conhece-lo. A maior parte das áreas apresentadas neste video, serão preservadas pelo empreendimento e será o Parque do Boulevard de aprox. 180Hectares. Como já disse a Serrra para mim é intocável e sagrada. Nada será construido na serra, em sua encosta e no seu sopé. Tudo será preservado e anexado ao Parque. O Empreendimento irá acontecer apenas em parte da área plana da fazenda Arizona. A Lagoa da Chacara, Dolinas, áreas alagáveis e Córrego do Diogo e suas margens também serão preservadas. Muitas destas áreas aparecem neste video. Me proponho a apresentar o projeto e comprovar o que disse Abcs. Flávio Araújo "

A resposta: Quero muito acreditar !!! De verdade!!! Vejo que me olha dentro dos olhos quando fala sobre a Serra e isto de certa forma me conforta e me leva a acreditar nos homens... (Mas porque será que temo??? O que não consigo enxergar???) Não nos decepcione Flávio!!! Difícil dizer (posso até ser julgada por muitos que admiro), mas acredito na evolução do homem e na sua capacidade de mudança neste planeta (como dizia uma grande amiga: "TERRA- Planeta cheio de provas e expiações, aonde a vida passa num piscar de olhos pois a eternidade a ele não pertence e é aqui que temos a chance de evoluirmos e galgarmos degraus rumo à escala evolutiva")... Portanto, ergo minha bandeira branca... Até que nos apresente o novo projeto.
Alessandra Casarim

Alessandra pode mesmo acreditar! Nao vou decepciona-los!! O projeto revisado saira em breve. Faco questao de apresenta-lo a voces do SEMMA para que analizemos juntos. Vejo que voce tambem e uma pessoa do bem e que se preocupa com as causas de Sete Lagoas. Tenho o compromisso com minha familia, principalmente com meu saudoso pai que iniciou todo esse projeto ha 4 anos atras, de faze-lo de forma exemplar. Abcs. Flávio Araújo

A essência...

Esta seria a minha fala em dois minutos...
Todos nós sabemos da importância deste dia para Sete Lagoas e para todos
Sete-lagoanos da gema ou que como eu, abraçam a cidade como um todo, assim como a nossa Serra de Santa Helena nos abraça ...


Hoje, falo por toda aquela galera lá fora e se assim me permitirem, por todas as pessoas que acreditam na extrema importância  quanto aos interesses ecológicos que se agarram a Serra e clamam por nossas decisões favoráveis a VIDA (neste momento, reflito... Até aonde podemos brincar de sermos Deuses???). Sabemos que nesta área, a qual estamos torcendo pela Regulamentação da sua APA, encontramos a transição do Cerrado com a  Mata Atlântica, aonde encontramos (ainda...) espécies de ambos os biomas sendo assim, uma área prioritária para conservação florística e faunística... Uma área de recarga de valor incalculável (como disse sabiamente a Érica..." Nossa caixa d'água!!!)... Com sua paisagem cênica ( como disse Busu..."Quem não tem uma história para contar tendo a  Serra de Santa Helena como cenário???")... Riquezas incutidas no seu patrimônio cultural de extrema relevância para a região.. Corredores ecológicos fantásticos, mata ainda fechada...(Os olhos do Ramon que o digam...)... 

Teria muito mais coisa a falar e muitas perguntas a fazer, como por exemplo: Se tornando regulamentada a nossa APA da Serra de Santa Helena, qual garantia teríamos para sua proteção efetiva??? ...
Mas... Dobrei o papel e deixei o coração falar...  Tudo acima já tinha sido dito de uma forma ou de outra... Confesso que não me lembro muito das palavras mas uma coisa posso garantir... Fiquei arrepiada com a manifestação pública e naquele momento, falar de essência foi muito maior do que qualquer reflexão técnica que pudesse ter falado. 
Vimos pessoas levantando do “sofá azul” (saindo da zona de conforto) e resgatando principalmente, nossa essência que andava meio perdida... 
Valeu demais galera!!! Valeu mesmo!!!
Alê Casarim

31 de mai. de 2012

De corpo, alma e duas rodas


Depois de quase 20 anos sem andar de bicicleta... Peguei minha mais nova companheira,  carinhosamente batizada  de "Joana" (confesso que achei magrela demais e dura no selim), mas vamos lá... De casa para o trabalho... Exatos 4,8 Km... Não me cansei como imaginava, mas em compensação nunca me senti tão desprotegida e órfã no trânsito. Pedestres têm seus escassos passeios (mas existe uma área determinada a eles) e claro os motoristas com suas pistas e buzinas... Quem sobrou??? O ciclista desmotorizado.
Porém, não desanimei na volta para casa, mas desta vez me senti duplamente desprotegida nos 4,3 Km (descobri um atalho rsrssr...). Como boa ciclista (rsrsrsr....) parei em todos os sinais vermelhos, mas meu coração disparava a qualquer ameaça por ser só, corpo e alma (sem a proteção da lataria e dos vidros fechados do carro) numa tarde um pouco escura... Pensei hoje em aventurar-me novamente, mas tenho compromisso no final da tarde e aonde vou, não tem lugar adequado para deixar a “Joana”...  Porém, não vou desanimar... Estou convencida de que a visão e as sensações  que vivi em um dia em cima da bike, são muito mais profundas e intensas, do que as que vivi em cima de 4 rodas... As cores das flores e as folhas secas no chão, fizeram toda a diferença.

23 de mai. de 2012

CIRCO na Câmara

OBS: (sofreu algumas alterações para combinar
 com o nosso cenário circense)...

 Mágico: Poder de hipnotizar
Domador: Pode ser um adestrador também, se convencer ganha bonificação
Trapezistas: Os que pulam de trapézio em trapézio
Equilibrista: Ficam na corda-bamba
Palhaços: Nós que assistimos o espetáculo 
Faxineiro: Poucos..
(Normalmente aqueles  que limpam as "cacas" dos outros )

5 de mai. de 2012

Façamos!!!

Enquanto não interiorizarmos a Sete Lagoas de todos nós... Não mudaremos muita coisa.
Pessoas passam... Gestores passam... Mas a  essência do nosso amor pela cidade, não pode passar!!!
Seria muita crueldade com a terra que  nos acolheu.
É preciso resgatarmos a cidade dos Sete Lagos Encantados, pela  qual nos apaixonamos...
Aquela, que nos abençoa  e nos mostra o por do sol pelas curvas da Serra de Santa Helena...
Aquela, que nos presenteia com histórias como a do  Rei do Mato, que viveu em uma das  grutas mais lindas do mundo...                                                                                                
Aquela, que nos mostra o amor do Cerrado com a Mata Atlântica e nos faz cúmplices desta união perfeita harmônica...
Aquela, que tem histórias nas paredes de seus casarões e nas veias de seus anciões...
Sete Lagoas não pode se tornar mais uma,  das tantas cidades que respiram  apenas interesses políticos e econômicos...
Ainda há tempo...
Façamos a diferença!!! 
Façamos pela cidade!!!
Façamos por todos nós!!!

22 de abr. de 2012

Matricular/Estudar na UNIFEI??? Obrigatória a leitura deste texto.

Matricular seu filho  na UNIFEI  Itabira MG??? Leia antes este texto: 
"Onda de assaltos em repúblicas da Unifei Itabira assustam estudantes, só na noite de 16/03 ocorreram três (sendo um deles, a mão armada), um furto e uma tentativa, em todas as ocorrências a polícia demorou excessivamente (horas) para chegar ao local e no ato do atendimento agiam com ar de deboche, dizendo “não vimos nada, nada podemos fazer”.

Em três semanas desde que começaram as aulas, já ocorreram mais de 10 furtos, pais de alunos já querem tirar seus filhos da universidade, pois nada é feito pelas autoridades.

Xenofobia é algo evidente no dia-a-dia da cidade, onde tratam os estudantes “forasteiros” com indiferença, cobrando mais caro em tudo ( aluguéis principalmente ), isso ocorre até mesmo quando o assunto são os policiais, eles demoram poucos minutos para atender ocorrências de som alto em festas em repúblicas e demoram horas para atender uma ocorrência de assalto à mão armada ou furto, que estes alunos vêm sofrendo.
Dizem que o grande problema dos universitários de Itabira são os barulhos das festas, pois então notamos uma discrepância engraçada, quando o trem da Vale passa de duas em duas horas pela madrugada, fazendo um enorme barulho, ninguém reclama. É claro que não vão reclamar, afinal a Vale é detentora do maior investimento financeiro da cidade. Mas espera ai, os universitários deixam na cidade aproximadamente 14 milhões de reais todo ano, que não é pouco, porque então eles devem ter menos direitos de que um morador nascido em Itabira, afinal eles também moram na cidade.
Será que eles terão que fazer barulho nas ruas, ou fazer as tais “badernas”, para serem ouvidos pelas autoridades e serem tratados como cidadãos? Será que se uma das vítimas desses assaltos fosse um morador nascido na cidade, a polícia iria demorar tanto para realizar o atendimento ou até mesmo iria rir deles? Creio que não.
Vamos imaginar então se fosse o prefeito ou algum “figurão” influente da cidade, será que seriam tratados com desrespeito igual esses alunos da Unifei? Será que se eles fizessem uma festa, os moradores iriam chamar uma viatura para mandar abaixar o som ou iriam pessoalmente pedir com educação? Com certeza seria a segunda opção. Então porque que com esses universitários acontece o inverso? Talvez seja porque isso já virou um clichê ou até mesmo piada.
Deve ser engraçado pegar no pé deles, roubar seus pertences, afinal certas coisas aqui na cidade só acontecem com eles. Chegou a hora de mudar essa realidade, seja por bem ou por mal, o que não pode acontecer, é ficar como está. Hoje eles não podem sair à noite, pois não sabem se ao voltar para suas residências, elas terão sido saqueadas, ou até mesmo se voltarão vivos, muito menos sabem se podem viajar para suas cidades de origem, pois quando voltarem pode ser que nem mesmo achem portas ou janelas em suas casas, quem dirá seus pertences.
Deste jeito a Unifei não vai para frente, afinal quem vai querer vir morar em uma cidade, onde os alunos são vistos como diferentes dos outros moradores e por isso sofrem consequências? Isso é péssimo para imagem da própria cidade, será que a população ainda não percebeu isso?
Espero que seja feito alguma coisa, pois os alunos não irão ficar parados esperando alguém morrer, para as autoridades tomarem alguma atitude. Eles são tão moradores, quanto alguém que nasceu na cidade, para quem veio a trabalho, ou qualquer outro tipo de morador, todos tem direitos iguais perante a lei".
Texto por: Bruno Ranieri e Kauê Martins Silva   Edição: Kauê Martins Silva e Antônio Duarte Ribeiro
Como MÃE, EDUCADORA e acima de tudo PRESENTE, só não trouxe meu filho para casa,  porque os sonhos dele ainda nos falam mais alto...  Porém confesso, meu coração anda por demais apertado...        Alessandra Casarim  22/04/2012

23 de mar. de 2012

Eu sou a cidade...

Quando pensamos em mudanças, precisamos enfrentar um fato objetivo: Quero realmente a mudança e farei parte do processo (sairei da minha zona de conforto e mostrarei a minha cara) ou simplesmente quero a mudança de bandeja  e que os outros façam e eu, do alto do meu altar, julgo se foi a melhor estratégia ou não (postura dos fracos).
Será que o povo deseja mesmo uma cidade limpa e solidária, como se fôssemos uma enorme colmeia de abelhas onde cada um faz a sua parte para o bem de todos ou, no fundo no fundo, sou um vírus que contamino a colmeia inteira??? 
Qual o o grau de civilidade que a humanidade, como um todo, está disposta a adotar??? 
Precisamos olhar diante do espelho para saber se nossos valores e desejos, não contradizem nossos atos.
Como agimos no nosso dia a dia??? 
Quais são os valores e princípios que nos movem? 
O que sonhamos para os nossos filhos no futuro e que futuro é esse que estamos construindo para nossos filhos e netos??? Enfim, qual é a nossa ideia de felicidade para nós e para os que dependem de nossos atos aqui e agora para garantir qualidade de vida planetária???
Nossa ideia sobre o planeta será insustentável, enquanto nossa ideia  for baseada em "Ter"  e não  "Ser". Enquanto "Cobrar" for mais importante do que "Fazer"... 
Se pretendemos que os nossos gestores  mudem, precisamos também saber se estamos dispostos a mudar...
Alessandra Casarim

Foto tirada hoje, 23/03/2012 às 8:05H  em  Sete Lagoas/MG. 
Das 16 lixeiras que foram instaladas na Orla da Lagoa Paulino até o dia 16/03/2012, 05 se encontravam dentro da própria Lagoa e 03 não se encontravam mais no local.
 

11 de mar. de 2012

Para ontem...

A degradação em que o mundo se encontra, tem provocado  preocupação a respeito dos desequilíbrios causados pela ação antrópica ao meio ambiente.
Na era da industrialização, a interação entre o homem e o meio ambiente ultrapassou a questão da simples sobrevivência ao contrário de outros seres vivos, que para sobreviverem, estabeleceram naturalmente o limite de seu crescimento e conseqüentemente o equilíbrio com outros ecossistemas onde vivem... 
O homem por sua vez, teve dificuldade em estabelecer o seu limite e utilizou-se dos recursos naturais sem se preocupar com o futuro do planeta...       
Surge hoje, a fronteira entre o conhecimento e a ignorância humana, principalmente quando se trata da preservação do Planeta Terra.
            Evidencia-se, a importância de sensibilizar o homem, para que aja de modo ecologicamente responsável.
            Faz-se necessário, a busca de valores que conduzam a uma convivência harmoniosa com o ambiente e demais espécies que habitam o planeta. É preciso analisar criticamente, os princípios que tem levado à destruição inconseqüente dos recursos naturais: água, solo,  ar  e a biodiversidade como um todo. 
A natureza, não pode ser vista como fonte inesgotável de recursos. Suas reservas são finitas, devem ser utilizadas de maneira racional como um processo vital e urgente.
Ainda fazemos e cobramos muito pouco pelo nosso Meio Ambiente ecologicamente equilibrado. Nosso ar está poluído, 
nossa água  acabando e a biodiversidade corre risco eminente de extinção.
            Segundo a mitologia Netuno, rei dos mares e da água, quando nervoso levanta o seu tridente e lança tempestade e chuva forte... 
(estórias contadas pela minha avó, Maria Rinaldi). 
Hoje penso que talvez aja assim, para nos lembrar  o que temos feito para, e pelo planeta. 
Neste momento, tardiamente, refletimos sobre questões como a ocupação desenfreada do solo, o desmatamento inconsequente das matas, as queimadas criminosas, a nova lei de florestas em trâmite (diminuição da mata ciliar) ...
            Sabemos que todos os recursos trazem o bem e o mal .... 
A mesma chuva que destrói, faz rebrilhar nas folhas uma beleza exuberante. 
Pode trazer purificação, mas também muita desgraça 
se não for preservado o seu caminho natural, a sua veia.
            A Educação Ambiental precisa ser a base, para que se possa garantir 
à sadia qualidade da vida planetária
            Não adianta jogos de lixeiras de coleta seletiva, se não sei  dar 
destinação correta  ao meu resíduo... 
Não adianta falar sobre a  preservação da flora, se peço 
a supressão da árvore que suja minha calçada...
Não adianta plantar a semente, se não faço nada para que ela germine... 
Não adianta achar bonitinho um animal selvagem, se prendo meu pássaro na gaiola.
            Se quisermos viver e garantir a sadia qualidade de vida, temos que repensar, planejar e executar projetos sustentáveis...
Para hoje e  amanhã...o que era para ontem.    
Alessandra Casarim 11/03/2012

6 de mar. de 2012

Código Florestal: diferenças entre os textos da Câmara e do Senado

30 razões para preservar as florestas

  1. O Brasil abriga 20% de todas as espécies do planeta.
  2. O mundo perde 27.000 espécies por ano.
  3. A Amazônia ocupa metade do Brasil e abriga 2/3 de todo o remanescente florestal brasileiro atual.
  4. O Brasil detém 12% das reservas hídricas do planeta.
  5. Já perdemos cerca de 20% da Amazônia, o limite estabelecido pela lei.
  6. Na mata atlântica, bioma de mais longa ocupação no Brasil, 93% já foi perdido.
  7. Mesmo quase totalmente desmatado, ainda tem gente que ataca a mata atlântica: a taxa média de desmatamento de 2002 a 2008 foi equivalente a 45 mil campos de futebol por ano.
  8. Perdemos 48% do cerrado.
  9. Perdemos 45% da caatinga.
  10. Entre 2002 e 2008, a área destruída no cerrado foi equivalente a 1,4 milhão de campos de futebol por ano. Na caatinga, a 300 mil campos.
  11. Perdemos 53% dos pampas.
  12. Entre 2002 a 2008 é equivalente a 4 mil campos de futebol por ano nos pampas.
  13. Perdemos 15% do Pantanal.
  14. Por ano, perde-se 713 km2 de Pantanal.
  15. Se mantivermos as taxas de desmatamento registradas até 2008 em todos os biomas, perderemos o equivalente a três Estados de São Paulo até 2030.
  16. O Brasil é o 4º maior emissor de gases de efeito estufa, que provocam o aquecimento global, principalmente porque desmatamos muito.
  17. 61% das nossas emissões vêm do desmatamento e queima de florestas nativas.
  18. A expansão pecuária na Amazônia é, sozinha, responsável por 5% das emissões de gases-estufa em todo o mundo.
  19. Mudanças climáticas impactam diretamente as cidades brasileiras. Catástrofes como os que vimos no Rio no início do ano serão comuns. Preservar as florestas ajuda a regular o clima e proteger as populações.
  20. Mudanças climáticas impactam diretamente a agricultura. A Embrapa, por exemplo, prevê desertificação do sertão nordestino e impacto nas principais commodities brasileiras, como soja e café; os mais pobres sofrem mais.
  21. Saltamos de uma taxa de 27 mil km2 de desmatamento na Amazônia em 2004 para menos de 7 mil em 2010. É possível zerar essa conta!
  22. Empresas que comercializam soja no Brasil são comprometidas, desde 2006, a não comprar de quem desmata na Amazônia. A produção não foi afetada e o mercado pede por produtos desvinculados da destruição da floresta.
  23. Os maiores frigoríficos brasileiros anunciaram em 2009 que não compram de quem desmata na Amazônia. O mercado não quer mais desmatamento.
  24. O Brasil pode dobrar sua área agrícola sem desmatar, ocupando áreas de pasto ou abandonadas.
  25. 60% da vegetação nativa do Brasil está contida nas reservas legais – instrumento de preservação do Código Florestal que os ruralistas tentam acabar.
  26. A pecuária ocupa cerca de 200 milhões de hectares, quase ¼ de todo o Brasil. Boi ocupa mais espaço que gente. E isso porque a produtividade da pecuária no Brasil é muito baixa: 1 boi por hectare. Dá para triplicar o rebanho sem desmatar.
  27. Um terço de todo o rebanho bovino brasileiro está na Amazônia, onde 80% da área desmatada é ocupada com bois. Ali há 22,4 milhões de hectares de pastagens abandonadas e degradadas, ou uma Grã-Bretanha, que poderiam ser reaproveitadas. Só não são porque derrubar é mais barato.
  28. Mais de 70% das espécies agrícolas cultivadas dependem de polinizadores, que por sua vez dependem da natureza em equilíbrio. A FAO calcula que esse serviço prestado pelos insetos é equivalente a € 150 bilhões (R$ 345 bilhões), ou 10% produto agrícola mundial.
  29. O Código Florestal surgiu em 1934 e foi renovado em 1965, por técnicos e engenheiros ligados ao Ministério da Agricultura. É uma lei nacional, feita para proteger os recursos naturais em benefício de todos. Ele precisa ser fortalecido em sua missão.
  30. Num cenário de desmatamento zero, a agricultura familiar teria tratamento diferenciado. Isso porque, a despeito de ocupar apenas 25% da área agrícola brasileira, é o real responsável por produzir a comida (70% do feijão, 58% do leite e metade do milho brasileiro vem da agricultura familiar) e por gerar emprego no campo (74% da mão de obra).
     Fontes: MMA, IBGE, FAO, SOS Mata Atlântica, Embrapa