23 de mar. de 2012

Eu sou a cidade...

Quando pensamos em mudanças, precisamos enfrentar um fato objetivo: Quero realmente a mudança e farei parte do processo (sairei da minha zona de conforto e mostrarei a minha cara) ou simplesmente quero a mudança de bandeja  e que os outros façam e eu, do alto do meu altar, julgo se foi a melhor estratégia ou não (postura dos fracos).
Será que o povo deseja mesmo uma cidade limpa e solidária, como se fôssemos uma enorme colmeia de abelhas onde cada um faz a sua parte para o bem de todos ou, no fundo no fundo, sou um vírus que contamino a colmeia inteira??? 
Qual o o grau de civilidade que a humanidade, como um todo, está disposta a adotar??? 
Precisamos olhar diante do espelho para saber se nossos valores e desejos, não contradizem nossos atos.
Como agimos no nosso dia a dia??? 
Quais são os valores e princípios que nos movem? 
O que sonhamos para os nossos filhos no futuro e que futuro é esse que estamos construindo para nossos filhos e netos??? Enfim, qual é a nossa ideia de felicidade para nós e para os que dependem de nossos atos aqui e agora para garantir qualidade de vida planetária???
Nossa ideia sobre o planeta será insustentável, enquanto nossa ideia  for baseada em "Ter"  e não  "Ser". Enquanto "Cobrar" for mais importante do que "Fazer"... 
Se pretendemos que os nossos gestores  mudem, precisamos também saber se estamos dispostos a mudar...
Alessandra Casarim

Foto tirada hoje, 23/03/2012 às 8:05H  em  Sete Lagoas/MG. 
Das 16 lixeiras que foram instaladas na Orla da Lagoa Paulino até o dia 16/03/2012, 05 se encontravam dentro da própria Lagoa e 03 não se encontravam mais no local.
 

11 de mar. de 2012

Para ontem...

A degradação em que o mundo se encontra, tem provocado  preocupação a respeito dos desequilíbrios causados pela ação antrópica ao meio ambiente.
Na era da industrialização, a interação entre o homem e o meio ambiente ultrapassou a questão da simples sobrevivência ao contrário de outros seres vivos, que para sobreviverem, estabeleceram naturalmente o limite de seu crescimento e conseqüentemente o equilíbrio com outros ecossistemas onde vivem... 
O homem por sua vez, teve dificuldade em estabelecer o seu limite e utilizou-se dos recursos naturais sem se preocupar com o futuro do planeta...       
Surge hoje, a fronteira entre o conhecimento e a ignorância humana, principalmente quando se trata da preservação do Planeta Terra.
            Evidencia-se, a importância de sensibilizar o homem, para que aja de modo ecologicamente responsável.
            Faz-se necessário, a busca de valores que conduzam a uma convivência harmoniosa com o ambiente e demais espécies que habitam o planeta. É preciso analisar criticamente, os princípios que tem levado à destruição inconseqüente dos recursos naturais: água, solo,  ar  e a biodiversidade como um todo. 
A natureza, não pode ser vista como fonte inesgotável de recursos. Suas reservas são finitas, devem ser utilizadas de maneira racional como um processo vital e urgente.
Ainda fazemos e cobramos muito pouco pelo nosso Meio Ambiente ecologicamente equilibrado. Nosso ar está poluído, 
nossa água  acabando e a biodiversidade corre risco eminente de extinção.
            Segundo a mitologia Netuno, rei dos mares e da água, quando nervoso levanta o seu tridente e lança tempestade e chuva forte... 
(estórias contadas pela minha avó, Maria Rinaldi). 
Hoje penso que talvez aja assim, para nos lembrar  o que temos feito para, e pelo planeta. 
Neste momento, tardiamente, refletimos sobre questões como a ocupação desenfreada do solo, o desmatamento inconsequente das matas, as queimadas criminosas, a nova lei de florestas em trâmite (diminuição da mata ciliar) ...
            Sabemos que todos os recursos trazem o bem e o mal .... 
A mesma chuva que destrói, faz rebrilhar nas folhas uma beleza exuberante. 
Pode trazer purificação, mas também muita desgraça 
se não for preservado o seu caminho natural, a sua veia.
            A Educação Ambiental precisa ser a base, para que se possa garantir 
à sadia qualidade da vida planetária
            Não adianta jogos de lixeiras de coleta seletiva, se não sei  dar 
destinação correta  ao meu resíduo... 
Não adianta falar sobre a  preservação da flora, se peço 
a supressão da árvore que suja minha calçada...
Não adianta plantar a semente, se não faço nada para que ela germine... 
Não adianta achar bonitinho um animal selvagem, se prendo meu pássaro na gaiola.
            Se quisermos viver e garantir a sadia qualidade de vida, temos que repensar, planejar e executar projetos sustentáveis...
Para hoje e  amanhã...o que era para ontem.    
Alessandra Casarim 11/03/2012

6 de mar. de 2012

Código Florestal: diferenças entre os textos da Câmara e do Senado

30 razões para preservar as florestas

  1. O Brasil abriga 20% de todas as espécies do planeta.
  2. O mundo perde 27.000 espécies por ano.
  3. A Amazônia ocupa metade do Brasil e abriga 2/3 de todo o remanescente florestal brasileiro atual.
  4. O Brasil detém 12% das reservas hídricas do planeta.
  5. Já perdemos cerca de 20% da Amazônia, o limite estabelecido pela lei.
  6. Na mata atlântica, bioma de mais longa ocupação no Brasil, 93% já foi perdido.
  7. Mesmo quase totalmente desmatado, ainda tem gente que ataca a mata atlântica: a taxa média de desmatamento de 2002 a 2008 foi equivalente a 45 mil campos de futebol por ano.
  8. Perdemos 48% do cerrado.
  9. Perdemos 45% da caatinga.
  10. Entre 2002 e 2008, a área destruída no cerrado foi equivalente a 1,4 milhão de campos de futebol por ano. Na caatinga, a 300 mil campos.
  11. Perdemos 53% dos pampas.
  12. Entre 2002 a 2008 é equivalente a 4 mil campos de futebol por ano nos pampas.
  13. Perdemos 15% do Pantanal.
  14. Por ano, perde-se 713 km2 de Pantanal.
  15. Se mantivermos as taxas de desmatamento registradas até 2008 em todos os biomas, perderemos o equivalente a três Estados de São Paulo até 2030.
  16. O Brasil é o 4º maior emissor de gases de efeito estufa, que provocam o aquecimento global, principalmente porque desmatamos muito.
  17. 61% das nossas emissões vêm do desmatamento e queima de florestas nativas.
  18. A expansão pecuária na Amazônia é, sozinha, responsável por 5% das emissões de gases-estufa em todo o mundo.
  19. Mudanças climáticas impactam diretamente as cidades brasileiras. Catástrofes como os que vimos no Rio no início do ano serão comuns. Preservar as florestas ajuda a regular o clima e proteger as populações.
  20. Mudanças climáticas impactam diretamente a agricultura. A Embrapa, por exemplo, prevê desertificação do sertão nordestino e impacto nas principais commodities brasileiras, como soja e café; os mais pobres sofrem mais.
  21. Saltamos de uma taxa de 27 mil km2 de desmatamento na Amazônia em 2004 para menos de 7 mil em 2010. É possível zerar essa conta!
  22. Empresas que comercializam soja no Brasil são comprometidas, desde 2006, a não comprar de quem desmata na Amazônia. A produção não foi afetada e o mercado pede por produtos desvinculados da destruição da floresta.
  23. Os maiores frigoríficos brasileiros anunciaram em 2009 que não compram de quem desmata na Amazônia. O mercado não quer mais desmatamento.
  24. O Brasil pode dobrar sua área agrícola sem desmatar, ocupando áreas de pasto ou abandonadas.
  25. 60% da vegetação nativa do Brasil está contida nas reservas legais – instrumento de preservação do Código Florestal que os ruralistas tentam acabar.
  26. A pecuária ocupa cerca de 200 milhões de hectares, quase ¼ de todo o Brasil. Boi ocupa mais espaço que gente. E isso porque a produtividade da pecuária no Brasil é muito baixa: 1 boi por hectare. Dá para triplicar o rebanho sem desmatar.
  27. Um terço de todo o rebanho bovino brasileiro está na Amazônia, onde 80% da área desmatada é ocupada com bois. Ali há 22,4 milhões de hectares de pastagens abandonadas e degradadas, ou uma Grã-Bretanha, que poderiam ser reaproveitadas. Só não são porque derrubar é mais barato.
  28. Mais de 70% das espécies agrícolas cultivadas dependem de polinizadores, que por sua vez dependem da natureza em equilíbrio. A FAO calcula que esse serviço prestado pelos insetos é equivalente a € 150 bilhões (R$ 345 bilhões), ou 10% produto agrícola mundial.
  29. O Código Florestal surgiu em 1934 e foi renovado em 1965, por técnicos e engenheiros ligados ao Ministério da Agricultura. É uma lei nacional, feita para proteger os recursos naturais em benefício de todos. Ele precisa ser fortalecido em sua missão.
  30. Num cenário de desmatamento zero, a agricultura familiar teria tratamento diferenciado. Isso porque, a despeito de ocupar apenas 25% da área agrícola brasileira, é o real responsável por produzir a comida (70% do feijão, 58% do leite e metade do milho brasileiro vem da agricultura familiar) e por gerar emprego no campo (74% da mão de obra).
     Fontes: MMA, IBGE, FAO, SOS Mata Atlântica, Embrapa