25 de set. de 2011

Pra não dizer que não falei das ÁRVORES...


Sobrevivemos sem as "gigantes"...  Certo? Errado! Por mais importante que seja, a espécie humana neste planeta, não sobreviveríamos sem a natureza... Existe uma cumplicidade de igual importância... A natureza é sábia, se deixarmos sermos enfeitiçados por ela, cativa nossa alma e nos manda respostas...  As "gigantes" ocupam o espaço no vazio da paisagem (mente) humana... 
- Cresci entre gigantes da Rua Manuel Casal e árvores enormes da Praça São Januário... Do cenário bucólico da praça a gigante "Ficus elástica",  mesma espécie da história da Branca de Neve (delícia relembrar isso...), fizeram parte da minha infância... Lembro-me das murtas podadas em formato de tronos reais... Penso que foi a partir daí que me tornei a sonhadora que ainda sou...  Bem mais próximas, no fundo do quintal que cresci onde até  bem pouco tempo jurava ser bem maior do que realmente sempre foi, ficavam suas raízes a ameixeira, uma parreira de uva verde,  vários cítricos,  jambo,  mangueira e um pé de abiu com seu fruto que colava nos lábios e do qual adquiri a minha primeira cicatriz -14 pontos. Fui moleca de subir em árvores... Ops!!! Ainda escalo gigantes...
Sem nos darmos conta desenvolvemos uma espécie de afeição, amor mesmo, pelas árvores da nossas vidas. Não é à toa que sentimos um certo vazio, no peito, quando nos deparamos com troncos sem "cabeleiras" ou com resquício de uma história perdida junto aos "pés" que ainda teimam em sugar da terra o respiro pra um "corpo" que há muito se foi... É como se tirassem um pedaço da nossa memória, da nossa história...  As árvores não devem receber a sentença de morte porque resolvemos mudar a posição do portão da garagem... Muito menos devem ser sacrificadas por perderem as folhas com a chegada do inverno...  ou ainda, por sujarem as nossas calçadas ou o quintal do nosso vizinho...
Pena que ainda não consigamos perceber o verde que nos traz a calma pra o novo dia... Aliás, percebemos bem pouca coisa nessa vida... Estamos ocupados demais, não é???   Precisamos preservar a nossa memória, ainda que faça parte dela apenas aquele ipê com  sua florada amarela, aquele mesmo que enfeita o alto do pasto de onde escorregávamos pelo barranco vermelho montados num pedaço de papelão... Lembro-me dos detalhes,  se apertar a memória, consigo sentir o cheiro da minha velha infância... Affe!!!  Caramba!!! São as árvores da nossa cidade...da nossa história... da nossa vida!!! Suprimi-las só se for por periculosidade, de outra forma, o homem que se adapte a elas... Afinal temos pernas e podemos escolher onde fincarmos nossas raízes.
Ps: Sempre que for plantar uma árvore e tiver alguma dúvida sobre a espécie escolhida, peça auxilio a um técnico, para  que não precise solicitar a supressão de uma gigante no futuro.


5 comentários:

Anônimo disse...

Show de bola Alê!

Nice

Mello disse...

Minhas histórias se passaram em cima do pé de jabuticaba do quintal da nossa adorada avó Matilde em Diamantina. Belas lembranças. Agradeço nos fazer relembrar.

Jonas Mello

Anônimo disse...

Leninha, Jake, Nandão, Túlio e Ronam na mangueira da Dona Lôla, vizinha que nos batia com vassourão. Tempos bons aqueles.

Ronam

Anônimo disse...

**

Louzada disse...

Bola dentro Alê. Emocionante te ler.

Gabriel