30 de jun. de 2010

INCLUSÃO SOCIAL – RESPONSABILIDADE DE TODOS

Na antiguidade, o abandono de pessoas com alguma deficiência física ou mental, era uma prática já que, eram consideradas na época como inferiores, merecedoras de pena e até mesmo como aberrações. Neste período, sofriam todo tipo de preconceito e castigo. As próprias famílias, por vergonha ou temor pela vida de seus entes físicos deficientes, os mantinham escondidos de todo o resto da sociedade. Muitas vezes, ficavam em porões sombrios e úmidos aumentando a chance de doenças e de morte precoce. Infelizmente, este preconceito ultrapassou os séculos e se faz presente ainda hoje, quando se trata de acessibilidade, inclusão social e respeito.
O Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência foi instituído em 1982 através do Encontro Nacional de Entidades de Defesa. A oficialização, porém, se dá pela Lei 11.133 de 14 de julho de 2005, Institui o Dia Nacional de Luta da Pessoa Portadora de Deficiência, pelo então vice Presidente da República, José Alencar Gomes da Silva. A pessoa com deficiência deixa de ser um objeto de assistência e reabilitação para ser um sujeito que têm direitos e deveres, podendo desenvolver uma vida independente, ganhando o direito principalmente do ir e vir... A Lei do Deficiente exige: rampas, acesso, locais próprios em cinemas e teatros, banheiros, vagas em estacionamentos...
Hoje existem 28 milhões de pessoas com deficiência no Brasil, segundo estimativa do IBGE. Outro cálculo, o das Nações Unidas, fala em 19 milhões.
Ainda assim, a sociedade não tem feito o seu papel. Os novos projetos ainda não agregaram rampas, pisos antiderrapantes e acessibilidade a todos. Quanto aos prédios públicos e privados, o descaso é ainda mais gritante. De onde deveria vir o exemplo, como as construções públicas, não se vê critérios de acessibilidade, a educação é pouco ou nada inclusiva e o esporte e lazer ainda muito restrito.
Quando os nossos deficientes físicos poderão caminhar com igualdade de condições, como garante a Convenção Interamericana para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas com Deficiência (Convenção da Guatemala, OEA, 1999)?
Somos iguais se vistos pelo prisma da essência, mas com algumas deficiências, estas, não vistas a olho nu, são deficiências da alma, imperdoáveis pelo descaso e pelo preconceito. Ainda há tempo de mudar... Ainda há tempo de vivermos em igualdade de condições... Esta história pode ter um final feliz, depende das ações inclusivas de cada um de nós.
Alessandra Casarim

Um comentário:

Amadeu Fellipe Rosa disse...

Graças a Deus alguém pensou nos deficientes.
É uma pena que nossos vereadores e prefeitos não pensem assim.
Concordo em número, gênero e grau com a sua colocação.
Continue a escrever sobre este assunto. Quem sabe alguém não faça alguma coisa.
Amadeu Fellipe Rosa BH/MG